domingo, 10 de outubro de 2010

Sobre Comer, Rezar e Amar :-)


Trechos na minha opinião fundamentais no livro que faltaram no filme:

“Essa era a função dele, e ele foi ótimo, mas agora acabou. O problema é que você não consegue aceitar isso, que esse relacionamento tinha um prazo de validade bem curto. Você parece um cachorro fica lambendo uma lata vazia, tentando tirar mais comida lá de dentro. E, se você não tomar cuidado, essa lata vai ficar presa no seu focinho para sempre e tornar sua vida infeliz. ENTÃO LARGUE ISSO.

Estou feliz, saudável e equilibrada. E, sim, não posso deixar de notar que estou a caminho dessa linda ilhazinha tropical na companhia do meu namorado brasileiro. Isso -eu reconheço! — é um final de conto de fadas quase ridículo para esta história, que parece ter sido tirado do sonho de alguma dona de casa. (Talvez até do meu próprio sonho, de anos atrás.)

Porém, o que me impede de agora me deixar levar por um clima completo de conto de fadas é a seguinte e sólida verdade, uma verdade que realmente se entranhou nos meus ossos ao longo dos últimos anos: EU NÃO FUI RESGATADA POR UM PRÍNCIPE; EU ADMINISTREI O MEU PRÓPRIO RESGATE.

Lembro-me de algo que li certa vez, algo em que os zen-budistas acreditam. Eles dizem que um carvalho é criado por duas forças ao mesmo tempo. Evidentemente, há a pinha onde tudo começa, a semente que contém toda a promessa e o potencial e que se transforma na árvore. Todo mundo pode ver isso. Mas são poucos os que conseguem reconhecer que existe outra força em ação aí também - a futura árvore em si, que quer tanto existir que faz a pinha nascer, usando seu desejo para fazer a semente brotar do nada, guiando a evolução da inexistência à maturidade. Pensando assim, dizem os zen- budistas, é o carvalho que cria a pinha da qual ele próprio nasceu.